quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Piadas

Nunca fui o que chamam de "cara extrovertido", embora esteja longe ser o "cara chato", eu sei rir com a galera. Minhas piadas não são decoradas nem inventadas, às vezes surge alguma coisa aqui, outra ali que diverte, a depender do público meu sarcasmo peculiar é bem aceito. Tento  manter o bom humor. Acho que as pessoas me acham um "cara simpático". Minhas melhores piadas, talvez as únicas, sejam essas aí:

Meu nome é a minha primeira melhor piada. Quando me perguntam ou digo meu nome, em geral, é comum o interlocutor espantar-se. "Como?". "Minervino". "Onde foram arranjar esse nome?!". E segue adiante a conversa. Somente pessoas da época dos meus ancestrais não se surpreendem. Mas antes que algum leitor pense que odeio meu nome, saiba que procede o contrário. Pra começar, meu nome tem história.

Minha idade é a segunda melhor. "26". "Com essa cara?!". Certo dia disseram que eu vivia no formol. Ninguém me chama de "senhor", exceto atendente de telemarkerting, telefonista ou garçom bem instruído. Fica muito difícil impor-se com cara de menino. Sou quase imberbe, isso deve ser em decorrência de algum gene caeté-sertanejo.

Não há como eu saber se alguém rirá após a leitura desse texto. Fica a mensagem: eu não sei contar piadas.

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De volta do sertão, só agora começa 2011 para mim.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A caminho do Paraíso


Mais uma vez a caminho do Paraíso na Terra, meu lugar de repouso e revigoração. Lá, conecto-me aos meus ancestrais e aprendo. Até mesmo EU, dEUs, preciso de um lugar especial. E já faz bastante tempo que não respiro o ar do sertão. Por aqui é tudo muito complicado e objetivo, lá é fácil e enraizado. Estar com a família, ouvir histórias e estórias, sofrer no calor do dia e no frio da noite. Tudo e tanto mais fazem do sertão alagoano um lugar para onde minha alma deseja retornar sempre. 

O sertão é nosso lar.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Inconclusão

O que mais fiz nos últimos dias foi divagar devagar. Assim aleatoriamente, sem concluir. Às vezes, mesmo dEUs faz isso. E como ser enérgico não é um dos meus pontos fortes, tenho a lerdeza ao meu favor. Faço uma coisa hoje, espero para terminar outra após o sétimo dia, engato a primeira marcha e vou com ela até reaver a coragem de encarar a próxima tarefa.

Planejei, sem sucesso, escrever sobre o saldo zero de 2010, que graças a dEUs não pendeu para o negativo, apesar de tantas tragédias: morte de ente querido, relacionamentos (des)complicados, o beijo do rio Mundaú, a labuta. Mas, enfim, continuo exatamente igual, agora zerado de confusões.

Deste modo inicia-se 2011 para mim. E ele já foi generoso comigo, afinal a fé (de)move montanhas. Nesse começo do fim foi-me permitido conhecer mais de perto um mundo, uma mente incompreendida e sóbria. Conheci e reconheci alguém que não tem medo de dizer a verdade, o porquê disso e senti-me feliz de poder estar entre seus amigos. Lição (re)aprendida: só tem medo da verdade quem prefere a mentira, ou "a mentira nunca é plena, mata a alma e a envenena" (Seu Madruga, filósofo).

A madrugada mantém-se minha amiga e seu silêncio, meu alento. Nela descanso, bebo, danço, rio, balanço, sou. Pena que não posso aumentar o volume. Miguel dorme. Continuo concluindo apenas que estou inconcluso. Ah, e sem sono.

Bom 2011, fiéis!